Quando usei o primeiro ponto ele indicava o final quê?
Que fim levaria a fase se o ponto trouxesse também a vírgula?
E quando usei dois, que disse?
Se usei três deles, esperava o quê?
Que me dissessem em outras linhas... travessão?
Quantas margens atravessei?
Exclamei a beleza! Adverti o perigo!
Interrogam-me, enquanto a vida questionei
Quantas vezes estive entre vírgulas?
Aposto que mais estive entre aspas e não notei
Quantas vezes me pontuaram e quantas outras pontuei?
Quando foi que minha vida se mediu por métricas?
Seria minha vida uma história em soneto?
Seriam ricas minhas rimas?
Que sei?
Nem sei em que tempo escrevo agora
Se é pretérito desfeito
Se era presente do desatino
Olhando pra frente me vejo
Querendo saber mais como do que porquê
Passei do ponto
Olhei os sinais
Vem outro parágrafo
Quantas vezes estive entre vírgulas?
Aposto que mais estive entre aspas e não notei
Quantas vezes me pontuaram e quantas outras pontuei?
Quando foi que minha vida se mediu por métricas?
Seria minha vida uma história em soneto?
Seriam ricas minhas rimas?
Que sei?
Nem sei em que tempo escrevo agora
Se é pretérito desfeito
Se era presente do desatino
Olhando pra frente me vejo
Querendo saber mais como do que porquê
Passei do ponto
Olhei os sinais
Vem outro parágrafo
por Débora Paixão
4 comentários:
Poema com muitas pontuações pertinente, se me permite o trocadilho infame hahaha
Amo te ler, amiga!
"Nem sei em que tempo escrevo agora
Se é pretérito desfeito
Se era presente do desatino"
Bonito, isso.
Carlão, haha sim! Acho que revisei depois do seu comentário, inclusive porque algumas pontuações não me definiam mais ...
Acho que meu estado de ser é mesmo eterna reticências
Mateus <3
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