terça-feira, 14 de julho de 2020

Domingo

Domingo
Não importa qual
A comida é sempre a mesma
Todos na sala comendo
Até que alguém se lembra de algum causo engraçado
E todos riem
De repente alguém faz um comentário distraído
E inevitavelmente, a casa fica cheia de saudade...
Quando todos vão embora
Vão mais completos do que chegaram
Ainda que sintam ter deixado alguma coisa para trás...
Quando se encontra a família
Não se encontram apenas pessoas
Se encontram lembranças
O cheiro da casa
O jeito de quem já foi em alguém que ficou
As roupas passadas de geração em geração
A cada encontro vão se criando novas memórias
E se encontrando novas pessoas
Porque família nunca para de crescer
Se une, reforma
Muda de aparência
Mas nunca deixa de ser o que é
Um eterno lugar de encontro
Entre pessoas e memórias
Que não nos deixam esquecer quem somos
Nem como chegamos até aqui

por Débora Paixão

2 comentários:

Mateus Borba disse...

Adoro esse seu jeito Débora de ser um tanto Leminski/Manoel de Barros sob olhares e palavras suas.

Já disse que você é linda?

Um mundo todo.

Paixão disse...

Adoro quando vem aqui.
Parece que tomamos cafézinho.

Um beijo
<3