segunda-feira, 25 de outubro de 2010

venha me deixar

venha me deixar
amor, antes de partir
nem que seja para despir
ou despedir, e peço
que deixe-se um pouco
um pouco em mim
e que de mim leve
os restos, as sobras
o que não quero
se há de voltar um dia
sorria, sem amarelos
de escarlate pintarei
os dias cinzas
enquanto espero


(Débora Paixão)

8 comentários:

Luiza Vinhosa disse...

A gente sempre deixa um pouco da gente com o outro e leva um pouco do outro com a gente. Deve ser por isso que é tão difícil se despedir daquilo que era nosso e passou a fazer parte do outro e ter que conviver com aquilo que é do outro fazendo parte da gente e ao mesmo tempo precisando "esquecê-lo".

Pensei isso agora haha. Nem sei se faz tanto sentido. Só sei que acho a separação sempre difícil, mesmo quando inevitável e até mesmo quando acredito que seja o melhor a ser feito.

Me identifiquei muito com o poema.

Beijos

Jim Carbonera disse...

Massa o poema!!

A espera do retorno do grande amor sempre é um momento que deve ser pintado mesmo!!

Mandou benzao!!

Bjss

Kelly Soares disse...

Que lindo, Débora!

Colorir os dias é realmente o segredo da espera...

Beijos
Kelly

Madonna Turnner Cardoso disse...

Maravilhoso seu poema e que jeito mais gostoso de se esperar alguém, hein?

Seguindo seu blog, parabéns.
Passa lá no meu, beijos!

Nielson Alves disse...

sempre!

KIKA disse...

Débora, que lindo!!!!
E, ao mesmo tempo tão sucintamente dolorido...
lindo seu blog e a maneira de expressar-se através dos poemas.
bjs MaryCris/Kika

Van *-* disse...

Só devemos esperar o que temos a certeza que voltará para nós...a dor da incerteza é grande demais.
Amo seu jogo com as palavras.
Beijos

. disse...

não sei se me prendo ou se vou escorregando pelas linhas, mas é sempre inebriante!