quarta-feira, 27 de abril de 2011

amor, amor




o amor que guardo cá no peito
apertou-se para dar jeito
de lhe amar como convém

amor tanto vai e chega e fica
que por vezes amar complica
de ir e vir, me leva além...

Débora Paixão

domingo, 17 de abril de 2011

Primeira Vez

"Quando vens a mim assim
Como na distância que tem dois lábios
No momento em que se beijam
Eu estremeço,
Desapareço lentamente deste mundo...
É como se desenhasse uma rota em mim
Ao deslizar suas mãos sobre meu corpo
Que me levasse até o paraíso
Como uma nave a levantar vôo
E sobrevoar caminhos desconhecidos
Nunca tocados
E então pousa em terra firme
Neste território que por ti esperava...
Se num átimo, estrelas me firmam o teto
E luzem sobre onde estamos
Jorram de todas as fontes
O amor que contemplamos
Do lugar onde estivemos, lembraremos
E de lembrar os fatos
Vontades virão de revivê-los
E de tantos únicos momentos
Não nos cansaremos.
Há de ser primeira todas as vezes
que nos tocarmos..."

(Débora Paixão)

domingo, 10 de abril de 2011

Segue sendo

Uma gota de limão
e seu doce perfeitamente
exala o melhor perfume.
Deitado na grama verde,
de capim enorme,
que me dá nos ombros,
vejo como é grandioso
quando teu olhar,
sob o sol, encontra o meu

e as nuvens se desfazem...

(Débora Paixão)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Soneto do Medo Maior

Onde habita o medo em mim
Há sombras que entristecem
E um vazio onde ecoa um grito
Sem dor, sem voz, sem fim

Em mim onde o medo habita
Portas e gavetas trancam
Tão fundo que se perdem
Toda palavra nunca dita

Onde em mim habita o medo
Um monstro se alimenta
E cada vez mais forte fica

Se o medo é o que sustenta
Não há lugar pro amor na vida
E nem viver a vida aguenta

(Débora Paixão)