terça-feira, 1 de maio de 2012

poesia espremida pela falta de tempo


resumo de tudo que me acontece
quando o cansaço me desaparece
e a vida parece me engolir

quando tudo que vejo me dorme
e em meu peito incha vontade enorme
de hora em hora querer sumir

se não dou conta dessa demanda
pelo caminho comigo anda
a poesia que não separo

a poesia anota faltas e excessos
das coisas tantas que eu não meço
e que sempre me deparo

a poesia me vem ou não
sempre que piso no chão
ou me perco no espaço

a poesia me não ou me vem
sempre que vou e me vejo além
fora do meu compasso

- Débora Paixão para o amigo Renato Konrath