é quando a janela fecha
que o vento faz falta
e quando bate no cabelo
que se faz festa
é a ausência que se nota
à menor marca sentida
quando mais fundo toca
na pele morta ferida
algum encanto se mostra
sempre que algo intimida
no mundo que há de novo?
não de novo, o novo!
quando o sempre resgata o velho
notas, toques, perfumes
o outro, o mesmo,
o nada,
tudo tende ao eterno.
- Débora Paixão