quinta-feira, 26 de abril de 2012

poesia XVII

é quando a janela fecha
que o vento faz falta
e quando bate no cabelo
que se faz festa

é a ausência que se nota
à menor marca sentida
quando mais fundo toca
na pele morta ferida

algum encanto se mostra
sempre que algo intimida

no mundo que há de novo?
não de novo, o novo!
quando o sempre resgata o velho

notas, toques, perfumes
o outro, o mesmo,
o nada,

tudo tende ao eterno.


- Débora Paixão

2 comentários:

Tamára Roots disse...

'tudo tende ao eterno"
sim! e digo mais: tudo tende ao eterno de nossas lembranças!

http://tamararoots.blogspot.com/

Paixão disse...

o tal do "eterno enquanto dure" :)

beijos