O dia amanheceu como se houvesse dúvida
Não sabia o sol se acordava
Ou se a noite não dormia
Meu coração ficou alternando uma melodia de chuva
Há tempos dentro de mim alguma coisa chovia
Alguma coisa que plantei ao pé do seu ouvido
Mas eu não sabia
Talvez no seu pescoço meu fôlego tenha se perdido
E nele ficou esquecido de vez
Pode ser o ar que me falta quando o dia amanhece assim
Como se amanhecesse em talvez...
Débora Paixão
quinta-feira, 9 de junho de 2016
terça-feira, 7 de junho de 2016
Vi(n)da para somar
Naquele lugar ali
Bem ali, se via um rio
E nele, a navegar ela vinha
Devagar
Desaguando no mar da vida
- e só Alice sabia
Bem ali, se via Ana
Dali se podia ver
Ela para a vida sorrindo
A vida pra ela a se abrir
Mais uma vida bem vinda
E o mundo de volta a lhe sorrir
Mas o que viria Ana a ser
Depois de tanto esperar?
Se Ana de água fosse
Ana seria mar
Mas se Ana fosse verbo
Ana seria amar!
- Débora Paixão
a titia que espera, ansiosamente, ao lado de Alice, pela vinda de Ana.
Observação: Poderia dizer que é uma adaptação de um poema do Paulo Leminski, pois embora não tenha feito sobre ele, há uma semelhança considerável e, por ser fã e tê-lo tanto em mim é capaz que tenha me servido mais do que inspiração. Normal, afinal de tudo que escrevo, nada sei dizer ao certo o que é meu, ou do outro, pois tudo que parece tão meu, na verdade nunca é, e tudo que, mesmo sendo do outro, me toca ... acaba por fim sendo meu também. Decidam por vocês, eu mesma só registro, senão voa com o tempo e se perde...
Bem ali, se via um rio
E nele, a navegar ela vinha
Devagar
Desaguando no mar da vida
- e só Alice sabia
Bem ali, se via Ana
Dali se podia ver
Ela para a vida sorrindo
A vida pra ela a se abrir
Mais uma vida bem vinda
E o mundo de volta a lhe sorrir
Mas o que viria Ana a ser
Depois de tanto esperar?
Se Ana de água fosse
Ana seria mar
Mas se Ana fosse verbo
Ana seria amar!
- Débora Paixão
a titia que espera, ansiosamente, ao lado de Alice, pela vinda de Ana.
Observação: Poderia dizer que é uma adaptação de um poema do Paulo Leminski, pois embora não tenha feito sobre ele, há uma semelhança considerável e, por ser fã e tê-lo tanto em mim é capaz que tenha me servido mais do que inspiração. Normal, afinal de tudo que escrevo, nada sei dizer ao certo o que é meu, ou do outro, pois tudo que parece tão meu, na verdade nunca é, e tudo que, mesmo sendo do outro, me toca ... acaba por fim sendo meu também. Decidam por vocês, eu mesma só registro, senão voa com o tempo e se perde...
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