quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Soneto Desengasgado

De tanto querer que seja, a beleza
O prato mais caro posto à mesa
Enoja-me de pensar-te, mas penso
Tornando-me peso no ar suspenso.

Do peso que tem o pesar dos dias
Em dores, meus ombros fadigam
E vaga no espaço das teorias
Tais valores que me castigam

E a polpa que não te interessas
É o que restará quando secar a casca
Desta polpa que não lhe poupei

Não terás sequer uma lasca.
Dos assuntos inacabados, cansei
Deixarei-os jogados às traças.

(Débora Paixão)

8 comentários:

Mao Punk disse...

Soneto!! *_*


Quando aprenderão a olhar além da forma, né?
Ah! Quanto tempo mais?!

Janaína ferraz disse...

Gostei tanto daqui que vou ficando, estou seguindo para voltar seeeempre que puder.

Eu também tenho um cantinho como o seu, assim, todo especial:
www.misturadinamica.blogspot.com
Será muito bem vinda !

mas disse...

WOW, adorei!

Simony Thomazini disse...

Perfect!


"E a polpa que não te interessas
É o que restará quando secar a casca
Desta polpa que não lhe poupei"

Palavras fortes!

Mateus Borba disse...

Coisas bonitas por aqui.

Derywendell disse...

poema classudo
rs
gostoso

. disse...

Oie,
adorei seu blog *-*
fiz um selo pra você!
olha lá.
http://colecaonaobrotos.blogspot.com/

Paixão disse...

só não consegui um nome pro soneto, até agora ¬¬