segunda-feira, 4 de abril de 2011

Soneto do Medo Maior

Onde habita o medo em mim
Há sombras que entristecem
E um vazio onde ecoa um grito
Sem dor, sem voz, sem fim

Em mim onde o medo habita
Portas e gavetas trancam
Tão fundo que se perdem
Toda palavra nunca dita

Onde em mim habita o medo
Um monstro se alimenta
E cada vez mais forte fica

Se o medo é o que sustenta
Não há lugar pro amor na vida
E nem viver a vida aguenta

(Débora Paixão)

3 comentários:

Ale disse...

""Se o medo é o que sustenta
Não há lugar pro amor na vida
E nem viver a vida aguenta""


Que triste! Mas lindo,


Um beijo

Jim Carbonera disse...

ótimo!

É isso ai, o medo nos corrompe e nos violenta. Deixamos de conquistar muita coisa por medo.

Tua magnífica poesia deixa esplícito isso!

Parabens!

Beijao

http://www.estilodistinto.com/

Paixão disse...

obrigada queridos, beijo grande :*