quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O que eu quero é o que eu preciso


Quero a sensação de que as pessoas não vivem em busca de um bem-estar próprio, sentir que são altruístas e se importam com o coletivo.
Quero simplesmente acordar e ver que a natureza, sim, tudo que é naturalmente divino, sem intervenção do homem, permanece intacto.
Quero pensar que a educação funciona, que a política funciona, que todo esse sistema falho funciona, e que os problemas derivam apenas da nossa essência e não do mundo externo, não de tudo que nos cerca.
Quero que um dia, (por que não hoje?) nossas angústias sejam levadas a sério e que as pessoas não levem a vida tão superficialmente.
Quero que todos os rótulos sejam jogados no lixo, junto com todo preconceito e discriminação.
Quero viver a vida como dois velhinhos andando de mãos dadas na rua, como se a vida tivesse valido a pena e ainda há de valer...

Talvez o mundo esteja mesmo perdido. Ou perdidos estaríamos nós em um mundo que não nos pertence?

Débora Paixão

3 comentários:

Gubez disse...

Shawshank Redemption.
Sinto-me estranhamente ligado a vossas palavras. Porventura não são elas semelhantes a meus sentimentos?
Que trás-me pois o verão? Senão desejos inóquos, verdades infundadas, sentimentos discrepantes e novos paradigmas complexos, aqueles mesmos dos quais venho sem sucesso tentando evadir-me...
Sinto que as palavras até aqui proferidas não têm qualquer sentido, apenas me veio escrevê-las ao ler as tuas.
Congratulo-te pelo sucesso.
Osculos para ti.
-Trovador

disse...

Paixão,
Que texto menina!!! Ah às vezes leio textos como esse por exemplo, e penso: Poxa eu sempre tive vontade de escrever isso, mas nunca consegui me expressar da forma como você fez. Gostei muito desse trecho:
"Quero simplesmente acordar e ver que a natureza, sim, tudo que é naturalmente divino, sem intervenção do homem, permanece intacto."

Paixão disse...

Obrigada Gubez, obrigada Rô!
Vocês são bem importantes para mim.

Beijos